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meditemos a respeito do amor que São José nutriu pela Virgem Maria, sua santa
esposa. “Era ela a mais perfeita entre todas as mulheres, a mais humilde, a
mais mansa, a mais pura, a mais obediente e a mais amante de Deus, como nunca
houve nem haverá outra entre todos os homens e anjos. Era, pois, merecedora de
todo o amor de José, que era tão amante da virtude”. Acrescentemos a isso o
amor com que se via amado por Maria, que certamente preferia no amor seu Esposo
a todas as criaturas. São José considerava a Virgem Maria como a predileta de
Deus, escolhida para ser Mãe do Filho unigênito. Em vista dos encantos naturais
e sobrenaturais da Virgem Maria, consideremos quão grande devia ser o afeto que
o coração justo e grato de José nutria para com a sua Esposa amabilíssima.
Aquilo que dissemos a respeito da
convivência de José com Jesus, podemos dizer também quanto a Nossa Senhora. A
longa convivência com a Santíssima Virgem, ao invés de resfriar o amor com o
passar dos anos, mais o fazia aumentar. Pois, quanto mais São José convivia com
a Virgem de Nazaré, mais descobria a Sua santidade. Dessa forma, a alma piedosa
de José tornava-se cada vez devota daquela Mulher que, como num eco das
palavras do Faraó, disse aos serventes e diz a cada um de nós a respeito de seu
Filho: “Fazei o que ele vos disser!” (Jo 2, 5). Pois, da mesma forma que José
foi instrumento de salvação para o Povo de Deus no Egito, Jesus é o instrumento
de salvação para o Novo Povo de Deus, que somos nós.